O aumento do tempo médio de vida trouxe consigo o aumento da prevalência de doenças crónicas.
Um pequeno excerto de um texto retirado do artigo do Montepio “Viver com uma doença crónica: o novo normal” refere o seguinte:
“Cerca de metade das pessoas com mais de 65 anos sofrem de duas ou mais doenças crónicas” (…) uma mulher nascida em 2020 em Portugal passará cerca de 30% dos seus anos de vida com limitações resultantes de doenças crónicas associadas ao envelhecimento. Estas impactarão a sua qualidade de vida e a possibilidade de ter a tal longevidade saudável.”
Hábitos de vida e doenças crónicas
Assim, o autocuidado e a adoção de hábitos de vida saudável ganharam uma relevante importância nas últimas décadas. As doenças infecciosas que colocavam em risco a nossa sobrevivência nos primeiros anos de vida foram substituídas pelas doenças tardias. Aplaudimos a revolucionária contribuição das vacinas na proteção da vida e na promoção de saúde e preparamo-nos para enfrentar a maior “epidemia” de doenças crónicas, ou seja, aquelas que dependem em grande parte do nosso estilo de vida prolongada.
Segundo inúmeros estudos e evidências práticas, a adoção de hábitos de vida saudável contribui para evitar e retardar o surgimento de doenças crónicas. Assim, quanto maior o conhecimento e inclusão desses hábitos no nosso quotidiano, maior será o nosso tempo de vida sem limitações resultantes de doenças crónicas associadas ao envelhecimento.
Cuidados adicionais para evitar limitações resultantes de doenças crónicas
Além dos hábitos de vida saudável, a frequência a consultas médicas periódicas, assim como a realização dos exames médicos necessários à faixa etária em que se encontra permitem o diagnóstico precoce. O diagnóstico precoce é importante porque permite adotar as medidas de controlo da doença o mais cedo possível e desta forma limitar o impacto da doença na sua vida a curto e longo prazo.
Para quem convive com uma doença crónica desde muito cedo, é ainda mais importante adotar um estilo de vida saudável e controlar a sua doença. Assim, deve manter contacto mais próximo com o seu médico de família, médico especialista e outros profissionais de saúde, realizar todos os exames necessários e aderir aos tratamentos farmacológicos e não farmacológicos prescritos.
De forma conclusiva, quando não é possível evitar uma doença crónica, há que aceitá-la e adotar um estilo de vida saudável e que permita o seu controlo, num equilíbrio constante com as suas necessidades e objetivos de vida.
Exemplos de doenças crónicas frequentes são:
- Hipertensão arterial
- Hipercolesterolemia
- Doenças cardíacas
- Insuficiência renal crónica
- Artrose
- Osteoporose
- Diabetes tipo 2
- Depressão crónica
- Dor crónica
- Asma
- Doença pulmonar obstrutiva crónica
Diretora Gaia Ortopédica / Farmacêutica (membro da Ordem dos Farmacêuticos)




